segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Diz . . .

e caminho pelas ruas, vendo as ações que você não tem.
se eu chorar, manda dizer que tá tudo bem.
se eu gritar, diz pra eles que é raiva.
mas que sou contida.
diz pra eles que é falta de ar ou sei lá.
excesso de vida.

Musikinhas . . .


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Queria dizer tanta coisa
Que chega a doer o meu silêncio
Mas não sei se a falta dele
Não traria a sua ausência

Não é amor o que eu sinto
Talvez nem seja paixão
Pode não ser absolutamente nada
Mas me dói ficar calada

Gosto de ser verdadeira
De descrever o que existe em mim
E a espera de espaço pra isso
É tortura que não tem fim

O silêncio um dia acaba?
Ou vira costume e vivemos assim?
Porque eu prefiro deixar pra lá
Do que acostumar a não ser eu

Tenho tanto amor pra dar
E tanto sentimento espalhado
Que chego até a confundir
O que sinto com o que imagino

Numa dessas explosões
Irão, por certo, me achar louca
Me levarão a um hospício
E lá viverei para sempre

A filosofar sobre o que sinto
E confundir com o que não sinto
Perdida em reflexões sem fim
Esperando o que não virá

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Denotação

Ele diz: =]
Belle diz: =]
(40 min depois..)
Ele: ?
Belle: .., ?
Ele: ! ;]
Belle: :S
Ele: :S ?
Belle: ^^
Ele: .. =D
Belle: ???
Ele: .. ¬¬
Belle: .. "/
Ele: !?
Belle: .


Até qq dia!!
=*

PS.: Mais de um ano depois, mesmo diálogo...
PS.: Esse é um daqueles textos da série: "Escrevi e não postei" ;P

terça-feira, 1 de setembro de 2009

--' desiludida- -''




Se jogou na cama, procurando refletir. Refletir, refletir, refletir, estava cansada disso. O mundo exigia que refletisse, que chegasse a uma conclusão, que resolvesse os problemas. Ela não queria. Ela queria era se esconder, dormir durante meses, até que todo o cansaço que sentia passasse. Fernando Pessoa disse: todos os meus amigos têm sido campeões em tudo. A ela, parecia que ninguém se responsabiliza por seus atos. A ela, lhe parecia que era a única culpada do mundo. A ela, que sempre procurou fazer o correto, lhe é cobrada a decisão de agir certo e não agir ou de não agir certo e agir. A moral, a ética, já não é mais ser boa. Não, boa é muito fácil. Boa, correta, verdadeira. Tudo muito simples. Agora, o mundo era ambíguo, tríguo, políguo, todos os íguos.

Sacou da gaveta uma revista de palavras cruzadas, tentou não pensar. Era o que precisava. No entanto, de que adianta não pensar? Esquecer, fechar os olhos, ligar o som bem alto, desligar o telefone. Só adiava o que precisava ser feito. E o que seria feito? Eis a questão. Voltou para as cruzadinhas. Prefixo de "endoblase": movimento para dentro. O que era o movimento para dentro? Era a espiral de fora para dentro, que ia diminuindo, diminuindo, diminuindo, até desaparecer? Se ela se fechasse em si mesma, trancasse o quarto e passasse a vida fazendo palavras cruzadas, será que iria, aos poucos, desaparecer? Para onde vai o que não existe mais? A espiral continua fazendo círculos em algum lugar, em alguma realidade, mesmo que não seja a nossa?

A resposta era "endo". Decidiu parar com o jogo, com medo de virar uma espiral inexistente, em uma realidade invisível. Não que fosse uma má idéia ser invisível por um tempo, mas temia não voltar. Era o que mais a fazia sentir frágil: não tinha coragem de resolver e não tinha coragem nem de ser invisível. Parecia que era completamente vulnerável ao que vinha até ela, além de o que surgia de dentro dela. Nada ela comandava, tudo acontecia, como se estivesse em uma sala de cinema. Era refém da própria vida e nada podia fazer. Talvez a espiral fosse inevitável. Voltou às cruzadinhas.